Foto do post Performances com Joias: Quando as joias saem da sua função usual

Notícias

Performances com Joias: Quando as joias saem da sua função usual

Se procurarmos o significado de Joias no dicionário, encontraremos a seguinte definição: “objeto de material precioso finalmente trabalhado, usado como adorno”. Na prática, entretanto, a função das joias vai além do propósito da simples indumentária; elas são símbolo de herança, de história, de legado, de afeto, de comunicação.

Com uma origem incerta, o uso de joias sempre ganhou diversas formas, fosse para retratar as cenas da mitologia entre os gregos ou fazer a diferenciação entre classes sociais durante a Idade Média. Seja qual fosse seu uso, as joias, assim como tudo que engloba o universo da Moda, são um canal de comunicação – ou seja, transmitem uma mensagem subliminar que varia de pessoas para pessoa. De forma simples, podemos pensar que pessoas que usam joias pequenas possuem uma personalidade mais delicada, enquanto joias com spikes ou elementos do punk mostram uma pessoa mais rebelde. Porém esse assunto é muito mais profundo, e é onde entra a função das joias utilizadas em performances (da moda e de artistas em geral).

Recentemente viralizou na internet o look da cantora Doja Cat durante a Semana de Moda de Alta-Costura, em que a artista apareceu com a pele coberta por 30.000 cristais Swarovski colados à mão, criando um efeito brihante hipnotizante. Seu look performático não foi aleatório: apelidado de “Inferno da Doja”, seu look tinha relação total com o desfile do qual a artista era convidada, cujo tema era o Inferno de Dante, da marca Schiaparelli. Além disso, como a própria Doja afirmou para a Revista Vogue, as semanas de Alta Costura são sobre experimentação e ultrapassar limites, e o uso extremamente inusitado para os cristais serviu para reforçar essas ideias, mostrando que as pedras preciosas poder ir muito além das tradicionais peças de joalheria.

Performances com Joias: Quando as joias saem da sua função usual

A escolha de Doja não foi pioneira no universo de joias performáticas. Ao contrário, foi nos anos 30 que joias e pedras preciosas começaram a ganhar um significado lúdico e, até mesmo, surrealista. Coincidentemente, foi a marca Schiaparelli quem deu o ponta-pé neste movimento, quando a designer Elsa Schiaparelli se uniu aos seus amigos artistas, entre eles Salvador Dalí, para criar joias únicas, como os lábios cravejados de diamantes e as mãos de ouro.

Hoje a busca pelos looks performáticos com joias está presente em diversos níveis, desde as grandes performances, pertencentes aos shows e artistas, até pessoas comuns que buscam um detalhe inusitado em seu estilo pessoal. É o caso, por exemplo, dos “grillz”, joias para cobrir os dentes que se tornaram moda entre os rappers americanos e foram aderidas por estrelas do pop e pessoas amantes dessa estética. Já no Brasil, o Carnaval pode ser uma grande oportunidade para desfilar joias performáticas, como foi o caso do desfile da Gaviões da Fiel em 2022, onde a musa da escola de samba vestiu uma fantasia banhada a ouro, tornando sua roupa a própria joia.

Independente da intenção por trás da performance, o interessante é entender o valor que as joias possuem na moda, na arte e na sociedade em geral. Neste caso, as peças performáticas vão além de artigos de luxo, se desvinculando quase totalmente dos aspectos tradicionalmente comerciais e se transformando – ou transformando quem as usa –  em obras de arte, alimentando o imaginário criativo do ser humano.

AHMI JOIAS usa cookies para personalizar a comunicação e melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.